Num supetão nossos planos são frustrados, nossos sonhos são roubados e
a gente fica lá, com cara de tacho, tentando encontrar alguma lógica no que
parece não ter sentido algum.
São muitos os sentimentos que nos visitam nessa situação. Frustração,
raiva, tristeza. Vem também um cansaço, afinal tínhamos dado o nosso melhor,
tentando finalmente acertar! Tínhamos nos esmerado em fazer tudo certo, como
manda o figurino, colocado em nossa vida as melhores intenções, cheios de
planos de sucesso e felicidade. E de repente tudo ruiu bem em frente aos
nosso olhos, mil pedacinhos espalhados aos nossos pés... uma vez mais.
Haja força para sermos capazes de levantar de novo, sem perder o senso
de humor, haja coragem para sermos capazes de continuar, sem jogar a toalha,
sem cair no tentador papel de vítima. Aliás, tem coisa mais chata do que
gente que se vitimiza?
Quem não se lembra da pessimista hiena Hardy do desenho animado?:
- Oh Céus... Oh vida... Oh azaaaar...
O que ajuda em momentos assim?
Vou lhes dizer... não é fácil, mas ajuda se formos capazes de
concordar em mudar de rota sem perder a confiança na vida, se formos capazes
de abrir mão de nosso roteiro tão milimetricamente planejado, se cedermos ao
fato de que muitas vezes as coisas seguem por caminhos inesperados que não
poderemos prever ou controlar. Se arriscarmos pensar que, talvez, exista um
sentido escondido por trás dos cacos, por trás da aparente falta de sentido.
Se formos capazes de fazer isso, talvez consigamos encontrar a força para
recomeçar.
Momentos assim requerem jogo de cintura, criatividade, leveza. Mas
nada disso vem se não tivermos sabedoria.
Sem sabedoria levamos tudo a sério demais. Por isso se diz que os
sábios se aproximam das crianças. Pois, tal como as crianças, os sábios sabem
que neste mundo nada é definitivo. Os sábios, tal como as crianças, encaram
os imprevistos da vida como uma chance de brincar de algo diferente. Muitas
vezes, sem sabedoria, nos fixamos no momento presente e esquecemos de que
aquele momento é apenas um pedacinho de um quadro muito maior. Nos esquecemos
de que, muitas vezes, o que parecia um verdadeiro desastre era, na verdade,
um movimento protetor, nos empurrando em direção a um lugar muito melhor.
Acredite no que digo ou não, a verdade é que só lhe restam duas
opções.
Desistir, como fazia a hiena do desenho, que sempre dizia : “ isso não
vai dar certo!”.
Ou bater a poeira e recomeçar. Com sabedoria. Para onde tiver de ser.
Para onde a vida nos permitir continuar a caminhar!
Sempre existe um caminho a ser trilhado, e acreditem, o importante não
é chegar a algum lugar específico, e sim sermos capazes de manter a alegria
ao caminhar, seja lá para onde for!
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domingo, 28 de junho de 2015
O que fazer quando tudo dá errado em nossa vida?
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