quarta-feira, 27 de junho de 2012

AS TRÊS LOJAS QUE DERAM ORIGEM AO GOB

(colaboração Ir:. Zanini)

- LOJA UNIÃO E TRANQUILIDADE
- LOJA ESPERANÇA DE NITEROY

- LOJA COMÉRCIO E ARTES

 Em 28/05/1822 em assembleia magna preparatória, na Loja COMERCIO E ARTES, são fundadas com os obreiros desta, as Lojas UNIAO E TRANQUILIDADE e ESPERANÇA DE NITEROY para com elas, se constituir um Grande Oriente do Brasil e em 21/06/1822 é feito o sorteio dos obreiros que comporiam as Lojas COMERCIO E ARTES, UNIAO E TRANQUILIDADE E ESPERANÇA DE NITEROY, distinguindo-se eles com laços azul, branco e encarnado, respectivamente, usados no antebraço.

Estas oficinas foram instaladas no mesmo dia.
“A Loja COMERCIO E ARTES foi fundada em 12/12/1815 na residência do Dr. João José Vahia, à rua da Pedreira da Glória, diante de uma mesa de doces e chocolates, é instalada a Loja, que logo depois, adormeceu.”- Nicola Aslan, em HISTORIA DA MAÇONARIA, ENSAIO, 1959.


 A data da instalação oficial do Grande Oriente do Brasil, deu-se em 17/06/1822, cujo primeiro Grão-Mestre foi José Bonifácio de Andrada e Silva tendo sido reconhecido pelos Grandes Orientes e Lojas da França, Inglaterra e Estados Unidos.
“O objetivo primordial da criação do Grande Oriente foi engajar a Maçonaria , como Instituição, na luta pela independência política do Brasil e tal determinação consta de forma explicita nas atas das primeiras reuniões da Obediência então criada, que só admitia a iniciação ou filiação em suas Lojas de pessoas que se comprometessem com o ideal de independência do Brasil.


 Em junho de 1822 a família real portuguesa já havia voltado a Lisboa, por exigência das Cortes, deixando aqui como Príncipe Regente Dom Pedro de Alcântara , filho de Dom João VI, rei de Portugal.

 O Príncipe Dom Pedro, jovem e voluntarioso, viu-se envolvido de todos os lados por maçons, que constituíam a elite pensante e econômica da época. Por proposta do Grão-Mestre José Bonifácio foi o príncipe iniciado em assembléia geral do Grande Oriente no dia 2 de agosto de 1822, adotando o nome heróico de Guatimozim”. – (Rubens Barbosa de Mattos NÓS SOMOS O GRANDE ORIENTE DO BRASIL, artigo publicado no jornal Arca da Aliança 27a edição maio de 1997, pág. 12.)

São João, nosso padroeiro. Quantas vezes você ouviu isso? Quantas vezes você compreendeu isso?

(colaboração Ir:. ZANINI)

Primeiramente, fica difícil entender, pelo fato de ser um santo da igreja católica e em maçonaria sempre ouvimos que "religião não se discute". Se assim é, estamos desrespeitando os irmãos que adotam outra religião que não seja a cristã.
Reforça essa ideia com a palavra "padroeiro", evidentemente de origem e uso na igreja católica apostólica romana. Mais uma vez, desrespeitamos os irmãos não cristãos.
Mas porque será que a maçonaria usa esse tipo de artifício? Será que, embora não admitindo ser uma religião, faz tudo para parecer uma diferente das demais, enquanto usa atributos cristãos?
Evidente que, tudo em maçonaria, não tem um início conhecido ou definido. Por diversas razões, deixamos de buscar a origem, a fonte, para acreditar na famosa e inexplicável TRADIÇÃO que usamos indistintamente. E não ousamos discutir! Logo nós que somos "livres" para buscar!
Usamos, mas não sabemos por que usamos. Seguimos, mas não sabemos o que e porque seguimos, levando em conta - sempre - o fato de sermos irmãos, de defender a liberdade e o crescimento da humanidade.
Nada mais vago e sem explicação. Fazer o bem e não ver a quem. Esse proselitismo nos chega de forma que não compreendemos exatamente o que fazemos na maçonaria. Simplesmente chegamos e somos parte de um todo sem explicação e sem fontes da origem. De onde viemos?
São João seja ele o Batista, ou o Evangelista, talvez alguns dos "santos Joãos" que surgiram e disseminaram na Idade Média, como tal de Esmoler, muito lembrado em antigos rituais escoceses, assim como outro denominado São João de Jerusalém; ou ainda de outro que seria São João d'Acre, da dinastia Frígia ou Amoriana que teve três imperadores em Bizâncio, de 820 a 867 a.C.
Indiferentemente de ser lembrado na igreja romana ou na Católica Apostólica Ortodoxa, também chamada Igreja Ortodoxa e Igreja do Oriente, que resultou do cisma, da Igreja Católica Apostólica Romana ocorrido em 1054, o nome JOÃO parece que caiu no gosto do povo, na alta Idade Média.
Não bastava apenas ser adepto a um santo, mas AO MAIOR DOS SANTOS. E ai São João proliferou e teve uma aceitação generalizada.
Como a criação de ordens de cavalaria estava em alta, nada mais apropriado que a criação da Ordem do Hospital de São João, Ordem dos Pobres Cavaleiros do Templo, da Ordem Militar e Hospitalar de São João d'Acre e São Tomaz (uma ajuda de outro santo sempre é bom); Ordem Militar de Castela, e outras ordens dinásticas, etc. e etc., todas com alguma alusão a um dos santos São João.
O passo para inserir essa aceitação, que nos parece mais uma tradição, no seio da maçonaria, não demorou. Foi uma questão de tempo, pois a ordem maçônica recém-alimentada de ideias e homens foi terreno fértil para a sacralização de tudo, tendo em vista que, TUDO naquela época, deveria ser santificado para prevalecer.
Por isso, quando criaram o cargo de Grão-Mestre, em 1717, escolheram o dia 24 de junho para a festa de posse, pois deveria ser grandiosa e rumorosa!
A ordem maçônica, necessitando e um suporte eficaz, de uma aceitação geral, de respeito às coisas sagradas, não perdeu tempo em admitir (sem iniciação) o São João, indiferentemente de sua origem.
Afinal de contas, santo é santo e não se discute. E antes de ser Batista, Evangelista, Esmoler, de Jerusalém, d'Acre ou de qualquer outro lugar, ele é JOÃO.
Então porque não simplificar? Deixar os sobrenomes de lado e usar somente o nome JOÃO? Assim, evitaria alguma discussão em loja que poderia demorar alguns minutos. Talvez, os irmãos daquele tempo também tinham pressa de terminar a sessão e iniciar, logo, os ágapes. As notícias que nos chegaram daquela época é que alguns dos nossos antepassados voltavam para casa carregados, pois abusavam dos ágapes, principalmente na hora do FOGO! BOM FOGO!
Aliás, perceberam o porquê da palavra FOGO?
Embora certos de que somos verdadeiros livres, estamos presos ao passado não explicado, não informado e não compreendido. Somos indivíduos convertidos a uma doutrina, ideia ou sistema, sectário (talvez), adepto, partidário de uma ordem chamada maçonaria.
E ninguém nos informou que seria assim, pelo simples fato de que nem nossos padrinhos conhecem a resposta.
Neste caos, sem ter saída, é melhor apelar para um santo. E que seja um conhecido, nosso amigo e irmão de maçonaria (se ainda não foi iniciado já o é por direito, pois conhece todos nossos segredos).
Que São João nos ajude! Porque proteção mesmo é com o mais graduado: o Grande Arquiteto do Universo!

MAÇONS que mudaram a MAÇONARIA: ALBERT MACKEY


(colaboração: Ir:. Zanini)

Albert Gallatin Mackey (12 de Março de 1807 – 20 de Junho de 1881) foi um médico americano, e é mais conhecido por ter sido autor de vários livros e artigos sobre a Maçonaria, sobretudo, nas Landmarks da Maçonaria. Ele serviu como Grande Secretário da Grande Loja de Carolina do Sul; e Secretário-geral do Conselho Supremo do Antigo e Aceito Rito da Jurisdição Sul dos Estados Unidos.
Nascido na cidade de Charleston, no estado americano da Carolina do Sul, Albert Mackey graduou-se com honras na faculdade de medicina daquela cidade em 1834. Praticou sua profissão por vinte anos, após isso se dedicou quase que completamente sua vida à obra maçônica.
Participou como membro ativo de muitas lojas, inclusive a legendária “Solomon's Lodge”, fundada em 1734, que é, ainda hoje, a mais famosa e mais antiga Loja operando continuamente na América do Norte.
As Potências Maçônicas em todo o continente americano, via de regra, adotam a classificação de 25 Landmarks compilada por Albert Gallatin Mackey. Deve-se a isto a frequência com que o Mackey é mencionado também entre nós.
Albert Gallatin Mackey passou ao oriente eterno em Fortress Monroe, Virgínia, em 20 de junho de 1881, aos 74 anos. Foi enterrado em Washington em 26 de junho, tendo recebido as mais altas honras por parte de diversos Ritos e Ordens.

sexta-feira, 15 de junho de 2012

Comemoração dos 190 anos de fundação do Grande Oriente do Brasil

"Cariss:. Ir:."
SFU

Em  nome das Lojas Maçônicas da Jurisdição da Coordenadoria Regional do GOB-RS para Santa Maria e Região Central do Estado do Rio Grande do Sul (Hermes 3608 - Santa Maria, Mariano da Rocha 3659 -  Santa Maria, Bento Gonçalves 2450 - Santiago, Obreiros da Arte Real 3932 - Santiago e Fraternidade Vicentina 2895 - São Vicente do Sul),  temos a satisfação de convidar os Cariss:. IIr:.suas digníssimas  famílias e convidados, para  a Sessão Magna Pública em homenagem ao aniversário de 190 anos de fundação do Grande Oriente do Brasil, a realizar-se no dia 22 de Junho de 2012 às 20h:00min, no templo da Loja Luz e Trabalho, sito à Rua Venâncio Aires1956/1958, Centro, Santa Maria-RS.

Após a sessão teremos um jantar, por adesão, no salão do Clube Comercial, ao lado da Loja,  para o qual pedimos que seja confirmada a presença, até o dia 20/06/2012, pelos telefones (55) 9985-0016 ou pelo e-mail colpanibentogoncalves2450@gmail.com .

Na certeza de que os Cariss:. IIr:., seus familiares e convidados, nos honrarão com as suas presenças, agradecemos rogando a GADU que nos Proteja, Ilumine e nos Guie.

Fraternalmente,

A:. R:. L:. S:. LOJA BENTO GONÇALVES 2450
Chanceler

domingo, 3 de junho de 2012

A Grandeza do Lider

Fábula árabe conta a história de rico mercador daquelas terras, possuidor de muitos tesouros, camelos, cavalos, escravos e concubinas, que atravessava regularmente o deserto à frente de longas caravanas para exercer o seu mister de troca de mercadorias – tecidos, azeite, vinhos, frutas e outros artigos do gosto das gentes de lá.
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Além de enfrentar diariamente, em suas jornadas, as ardentes temperaturas do deserto, durante o dia, e a seca frialdade das noites saarianas, os cuidados com a sua carga, seu pessoal e seus animais, uma coisa mais o preocupava: a sua segurança pessoal. Daí, que tinha forte escolta, comandada por homem valente de sua plena confiança.
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Quando, certa noite, a caravana sofreu um assalto, repelido após breve refrega, foi Hassid, o comandante da escolta e seu guarda pessoal, que lhe salvou a vida, expondo-se, embora, a um golpe traiçoeiro do bandido, que o feriu gravemente e não ao seu senhor.
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Em homenagem ao heroísmo do seu defensor, o rico comerciante mandou grafar o seu feito em grandes letras sobre enorme bloco de granito, que foi colocado em cima de elevado rochedo, cujo texto podia ser lido a longa distancia por viajantes que por ali passassem.
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Tempos depois, eis que, certa madrugada, a caravana do rico mercador é novamente assaltada, agora por bandidos mascarados, cujo chefe o atacou diretamente. No combate, a espada do rico mercador arrancou a mascara do bandoleiro e... surpresa dolorosa! Era Hassid, o eis comandante de sua escolta, que lhe havia salvo a vida anteriormente.
Novamente o rico mercador determinou que sobre as areias da mais elevada duna fosse escrito o episódio, ressaltando que aquele que lhe savara a vida agora contra ela atentara.
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Indagado por que mandara registrar o primeiro episódio em bloco de granito e por que motivo o segundo episódio foi registrado sobre as areias de uma duna, o rico mercador enfatizou que, os grandes feitos devem ser perpetuados como o fizera no bloco de granito para servir como exemplo dignificante e os atos condenáveis devem ser apagados da memória, assim como a mensagem escrita na areia, que o vento se encarregou de apagá-la para sempre.
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Até hoje, os sábios árabes mostram a atitude do rico mercador como modelo de grandeza d’alma, de indulgência, de condescendência. Pois, como justificou seu ato o rico mercador, as boas ações devem ficar na memória do povo para sempre e a lembrança de ações odiosas devem ser levadas pelo vento ou enterradas na areia do deserto.
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17.02.2012
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Marcos José da Silva
Grão-Mestre Geral

Palavra do Grão-Mestre Geral

Maçonaria

A Maçonaria como instituição é perfeita. Os homens que a compõem nem sempre. Ela prega respeito ao Estado e não discute política partidária e nem religião. Fora dos Templos seus membros são livres.

IDEÁRIO PARA UM DIRIGENTE MAÇÔNICO (anônimo)

       

Que tenha vontade, consciência e serenidade para o cargo; que possua bom conhecimento e disponibilidade de tempo; que seja independente econômica e financeiramente; que usufrua representatividade profissional, social e política.

Que assuma encargos sem preconceitos estabelecidos; que saiba ouvir bastante e fale apenas o necessário; que esteja atento à política e à economia da região e do país; que realce a prática de valores espirituais, morais e cívicos.

Que estimule a boa formação do maçom a partir do ingresso; que implante um bom programa de instrução maçônica; que promova mais o ritual litúrgico com cenários adequados; que constitua um corpo de ensino com mestres qualificados.

Que incentive o desenvolvimento da cultura maçônica; que destaque feitos significativos e importantes dos irmãos; que organize palestras, conferências e seminários maçônicos; que a aplicação dos recursos vise a utilização dos templos; que regionalize eventos administrativos, litúrgicos e culturais.

Que planos a longo prazo atendam só o interesse da instituição; que intensifique as tarefas de campo de todos os hospitaleiros; que compreenda as diferenças e as dificuldades dos irmãos; que instale sistema de apoio institucional independente.

Que reformule e flexibilize qualquer legislação leonina vigente; que acate fiscalização independente eleita pela assembléia geral; que permita a transparência em todas as contas da instituição; que procure maior interação nos segmentos da comunidade.

Que o exercício da ética supere a necessidade de outros códigos; que o espírito do sentimento maçônico paire acima do material; que agregue os irmãos em harmonia, evitando grupos ideológicos; que nunca pense em exercer o continuísmo administrativo.

Que sonhe e atue apenas com a realidade, jamais com a realeza; que não alimente o culto à própria personalidade e vaidade; que em tempo algum confunda palácio com mausoléu maçônico.

Que seja, enfim, o exemplo de um bom, profícuo e honesto maçom.

Publicado na Revista Acácia - nº 77


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S E M E A R
Sensibilizar para Envolver, Mobilizar e Estimular a Autocrítica e a Reflexão!
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A verdadeira maneira de se enganar é julgar-se mais sabido que outros.
(La Rochefoucauld)