sábado, 21 de junho de 2014

OS EGÍPCIOS, A RELIGIOSIDADE E A VIDA PÓS-MORTE



A religião no Egito Antigo sempre teve muita importância na vida do povo e daqueles que tinham uma ligação bastante direta com esse tema. Seguia a característica da maioria das civilizações da época: religião politeísta, com deuses antropomórficos (forma humana), zoomórficos (forma animal) e antopozooomórficos (forma humana e animal na mesma divindade). O povo hebreu foi um dos poucos, se não o único, a ser monoteísta e os gregos um dos poucos antropomórficos. Entretanto, durante um período específico de sua história, a Terra de Kemi foi monoteísta. Durante o reinado de Amenófis IV na Décima Oitava Dinastia, que inicialmente foi politeísta, houve uma grande reforma religiosa: os antigos deuses foram banidos, a adoração a Aton foi instituída e uma nova capital foi construída do zero (Amarna).
No Egito existiam muitos templos, dos quais hoje, existem ruínas ou exemplares em melhor estado de conservação. Os mais conhecidos do grande público são os de Philae, KomOmbo, Luxor e Karnak. Muitos eram os locais de adoração aos incontáveis deuses existentes: Isis, Osíris e Hórus (formando a conhecida tríade egípcia), Set, Toth, Sekmet, Bastet, Maat, Ptah, Amon, Rá, etc. Cada cidade tinha a característica de ter seu deus protetor, mas cada cidadão adorava a divindade com a qual tivesse mais afinidade. Por exemplo: Uma cidade que tivesse Amon como deus protetor, poderia ter um habitante, sem problema algum, com Bastet como sua deusa favorita, por assim dizer. Malgrado, a freqüência aos templos não era de amplo acesso a população: certos espaços eram de acesso exclusivo aos sacerdotes e outro apenas ao faraó.
A mitologia egípcia procurava explicar, assim como em outros locais, os fenômenos que eram desconhecidos aos homens da época, por isso a incrível quantidade de deuses: o deus da Lua, do Sol, deusa da guerra, deus da agricultura, do céu, etc. Um povo bastante ligado com os fenômenos da alma e da vida pós-morte criaram muitos rituais para conservação do corpo, tais como a mumificação, um processo elaborado que, após 70 dias fazia o corpo ficar com uma aparência de ''vivo para sempre''. Alguns órgãos eram retirados e colocados nos vasos canopos (ou canoupus, dependendo da fonte), mas o coração permanecia no reservado lugar, uma vez que era visto como centro de funcionamento do corpo e que mais tarde seria pesado na balança no julgamento de Osíris. Um escaravelho seria colocado em seu lugar caso algum dano ocorresse ao órgão.Mas ao contrário do conhecimento geral, nem só os faraós eram mumificados: existiam três tipos de mumificação, sendo o primeiro o mais refinado e o terceiro o mais simples, reservado a população mais pobre. Todos desejavam conservar seus corpos para que as almas pudessem ter para onde voltar.
Equipe Egiptologia Brasil #EBLR


(contribuição Ir.’. Lúcio Machado)

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