Eram uma seita ascética com sede na beira ocidental do Mar Morto. Pensa-se que houve muitos deles nas vilas e cidades da Palestina. Seguiram, o conceito de comunidade de bens, abstinência , meditação, trabalho zeloso e o celibato.
Eram a sobrevivência dos hasidins
mais estritos, influenciados pela filosofia grega.
Representava a extrema direita dos
fariseus. Observavam minuciosamente o cumprimento da Lei.
Depois dos fariseus, os essênios eram
os mais numerosos entre os judeus. Eram separatistas e formavam uma verdadeira
congregação distinta do judaísmo, como de outras seitas existentes. Em
doutrinas eram parecidos com os fariseus e odiavam os saduceus.
A partir dos documentos de Qumram,
parece que eles aguardavam um messias que iria combinar as linhagens real e
sacerdotal, numa estrutura escatológica.
Não mencionados no Novo Testamento,
mas Filo disse que havia 4.000 ou mais.
Depois dos fariseus, os essênios eram
os mais numerosos entre os judeus. Eram separatistas e formavam uma verdadeira
congregação distinta do judaísmo, como de outras seitas existentes. Em
doutrinas eram parecidos com os fariseus e odiavam os saduceus.
A partir dos documentos de Qumram,
parece que eles aguardavam um messias que iria combinar as linhagens real e sacerdotal, numa estrutura escatológica.
Não mencionados no Novo Testamento,
mas Filo disse que havia 4.000 ou mais.
É possível conhecer o dia-a-dia dos
essênios a partir do legado do historiador judeu Flávio Josefo (37-100). Aos 16
anos Josefo recebeu lições de um mestre essênio, com quem viveu durante três
anos. Os membros da seita acordavam antes do nascer do sol. Permaneciam em
silencio e faziam suas preces até o momento em que um mestre dividia as tarefas
entre eles de acordo com a aptidão de cada um. Trabalhavam durante 5 horas em
atividades como o cultivo de vegetais ou o estudo das Escrituras. Terminadas as
tarefas, banhavam-se em água fria e vestiam túnicas brancas. Comiam uma
refeição em absoluto silêncio, só quebrado pelas orações recitadas pelo sacerdote
no início e no fim. Retiravam então a túnica branca, considerada sagrada, e
retornavam ao trabalho até o pôr-do-sol. Tomavam outro banho e jantavam com a
mesma cerimônia.
Os essênios tinham com o solo uma
relação de devoção. Josefo conta que um dos rituais comuns deles consistia em
cavar um buraco de cerca de 30 centímetros de profundidade em um lugar isolado
dentro do qual se enterravam para relaxar e meditar.
Diferentemente dos demais judeus, a
comunidade usava um calendário solar de 364 dias, inspirado no egípcio. O
primeiro dia do ano e de cada mês caía sempre um uma quarta-feira, porque de
acordo com o Gênesis, o Sol e a Lua foram criados no quarto dia. O calendário
diferente trouxe vários problemas para os essênios. Outros judeus poderiam atacar
o monastério no shabbath – o dia sagrado reservado ao descanso, no qual era
proibido qualquer esforço, inclusive o de se defender.
A correta observação das regras
garantiria a salvação dos essênios quando chegasse o apocalipse, que seria a
vitória dos puros “filhos da luz” contra os “filhos das trevas”. No mundo
essênio, aliás, tudo era dividido segundo uma visão maniqueísta que tornava
possível até mesmo determinar quantas porções de luz e de escuridão cada um
possuía. Um sectário de dedos rechonchudos, coxas grossas e cheias de pêlos
teria oito porções na casa das trevas para uma de claridade. No mesmo
manuscrito, um outro membro obteve um placar mais favorável. Por ter olhos
negros e brilhantes, voz suave, dentes alinhados, dedos longos e canelas lisas
seu espírito foi condecorado com oito partes de luz para uma de trevas. Para os
essênios, a beleza do corpo também era sinal de pureza espiritual.
Graças a essa organização toda,
Qumran produzia tudo de que precisava. A dieta era vegetariana. Os essênios
tinham um enorme respeito pela natureza. Nenhum homem poderia sujar-se comendo
qualquer criatura viva. A regra permitia uma única exceção. Eles podiam comer
peixe, desde que fosse aberto vivo e tivesse seu sangue retirado. As refeições
eram frugais, com legumes, azeitonas, figos, tâmaras e, principalmente, um tipo
muito rústico de pão, que quase não levava fermento. Eles possuíam pomares e
hortos irrigados pela água da chuva, que era recolhida em enormes cisternas e
servia como bebida. Além dela, as bebidas essênias se resumiam ao suco de
frutas’ e “vinho novo”, um extrato de uva levemente fermentado. No shabbath, os
sectários deveriam passar o dia inteiro em jejum. Os hábitos alimentares
frugais e a vida metódica dos essênios garantiam-lhes uma vida saudável.
Segundo Josefo, muitos deles teriam atingido idade extraordinariamente
avançada.
Pesquisa by MS Maçom, Ivair Ximenes
Lopes
Nenhum comentário:
Postar um comentário