domingo, 20 de outubro de 2013

AS ESTRATÉGIAS DA MANIPULAÇÃO


O Lingüista e Filósofo Noam Chomsky, Norte Americano, e os dez pontos críticos da manipulação mediática a que estamos submetidos diariamente.
As Estratégias da manipulação: 

1)  A estratégia da DISTRAÇÃO: é o elemento primordial do controle social, consiste em desviar a atenção do público dos problemas importantes e das mudanças decididas pelas elites políticas e econômicas, mediante a técnica do DILÚVIO ou CONTÍNUAS DISTRAÇÕES com INFORMAÇÕES INSIGNIFICANTES. Esta estratégia é igualmente importante para IMPEDIR QUE O PÚBLICO SE INTERESSE POR CONHECIMENTOS ESSENCIAIS na área da economia, psicologia, neurobiologia e cibernética. “Manter  o público ocupado, ocupado, ocupado, sem nenhum tempo para pensar, que volte a granja como os outros animais”(citação do texto”Armas silenciosas para guerras tranqüilas”) 

2) CRIAR PROBLEMAS E DEPOIS OFERECER SOLUÇÕES, este método também é chamado “PROBLEMA-REAÇÃO-SOLUÇÃO”, Se cria um problema, uma situação prevista para causar certa reação ao público a fim de que ele seja o demandante por medidas que se deseja fazer aceitar. Por exemplo, deixar que se desenvolva e se intensifique a violência urbana, ou organizar atentados sangrentos a fim de que o público solicite leis de segurança e políticas que revertam em prejuízo para a liberdade. Ou também, criar uma crise econômica para que se aceite um mal necessário, um retrocesso nos direitos sociais e o desmantelamento do serviço público. 

3) A estratégia da GRADUALIDADE. Para fazer que se aceite uma medida inaceitável, basta aplicá-la gradualmente, a conta gotas, por anos consecutivos. É desta maneira que condições sócio-econômicas radicalmente novas (neoliberalismo) foram impostas durante as décadas de 80 e 90. Estado mínimo, privatizações, precariedade, flexibilidade, desemprego em massa, salários que não asseguram condições  de subsistência, tantas mudanças que provocariam uma Revolução se fossem aplicadas de uma única vez.  

4) Estratégia de DIFERIR. Outra maneira de se fazer aceitar uma decisão impopular é apresentá-la como dolorosa e necessária, obtendo a aceitação pública no momento, para uma aplicação futura. É mais fácil aceitar um sacrifício futuro que um sacrifício imediato. Primeiro porque o esforço não é empregado imediatamente. Baseia-se esta técnica no pressuposto que as massas tem sempre a tendência de esperar ingenuamente que “tudo irá melhorar amanhã” e que o sacrifício exigido poderá ser evitado.  Isto dá mais tempo ao público para se acostumar com a idéia da mudança e de aceitá-la com resignação quando chegar o momento. 

5) Dirigir-se ao público como CRIATURAS DE POUCA IDADE. A maioria da publicidade dirigida ao grande público utiliza discurso, argumentos, personagens e entonação particularmente infantil,  muitas vezes próximos à debilidade, como se o expectador fosse uma criatura de pouca idade ou um deficiente mental. Quanto mais se tente enganar o expectador, mais se tende a adotar um tom “infantilizante”. Por quê?  Se você se dirige a uma pessoa como se ela tivesse 12 anos de  idade ou menos, haverá uma reação desprovida de um senso crítico, como o de uma pessoa de 12 anos de idade. O tom infantil sugestiona uma reação infantil desprovida de senso crítico. 

6) UTILIZAR o aspecto EMOCIONAL muito MAIS QUE A REFLEXÃO, fazer uso do aspecto emocional é uma técnica clássica para causar um curto circuito na análise raciona, e finalmente ao sentido crítico dos indivíduos. Por outro lado, a utilização do registro emocional permite abrir uma porta de acesso ao inconsciente para implantar ou injetar idéias, desejos, medos e temores, compulsões ou induzir comportamentos. 

7) MANTER o público na IGNORÂNCIA E NA MEDIOCRIDADE.  Fazer que o público seja incapaz de compreender as tecnologias e os métodos utilizados para seu controle e sua escravidão. “A qualidade da educação dada as classes sociais inferiores deve ser a mais pobre e medíocre possível, de forma que o conhecimento disponível as classes superiores seja impossível de alcançar pelas classes inferiores. 

8) ESTIMULAR que o público seja complacente com a MEDIOCRIDADE. Induzir o público a acreditar que é moda ser estúpido,  vulgar e inculto. 

9) REFORÇAR a AUTOCULPABILIDADE. Fazer crer que somente o indivíduo é culpado por sua própria desgraça, por causa da insuficiência de sua inteligência, de suas capacidades, de seus esforços. Assim, em lugar de rebelar-se contra o sistema econômico, o indivíduo se auto-desvaloriza  e se culpa entrando em um estado depressivo, cujo efeito é a inibição de sua ação e sem ação não há revolução. 

10) CONHECER OS INDIVÍDUOS melhor que eles mesmos se conhecem. No transcorrer dos últimos 50 anos os avanços acelerados da ciência tem gerado uma crescente distância entre os conhecimentos do público e o conhecimento das classes dominantes. Graças a biologia, a neurobiologia e à psicologia aplicada, o “Sistema” tem desfrutado de um conhecimento avançado do ser humano, tanto de forma física como psicologicamente. O sistema tem conseguido conhecer melhor o indivíduo comum de que ele mesmo se conhece. Isto significa que na maioria dos casos, o sistema exerce um controle maior e um grande poder sobre os indivíduos, maior que os próprios indivíduos sobre si mesmos.


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